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30.12.10




PARA TODOS VÓS MEUS AMIGOS UM ABRAÇO DE AMIZADE. UM OBRIGADA ENORME PELA COMPANHIA AO LONGO DO ANO, E OS VOTOS DE QUE 2011 NÃO SEJA TÃO MAU QUANTO NÓS DESCONFIAMOS.

FELIZ ANO NOVO

4.10.10

5 DE OUTUBRO DE 1910 - PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


Comemora-se amanhã a passagem dos cem anos sobre a implantação da República Portuguesa. Na cabeça dos revolucionários da época, ela já vinha amadurecendo como solução única para o País, há muito tempo. Em 1907 o chefe de Governo João Franco endurece posições após o abandono pelos progressistas do governo. As Cortes foram encerradas, a Câmara de Lisboa foi dissolvida, e as eleições adiadas. Por outro lado foram criados gabinetes de censura para controlarem a Imprensa. Isto originou uma onda de revolta que culminou com a greve dos estudantes em Coimbra. Os republicanos souberam aproveitar a seu favor a onda de ódio e revolta que grassava em vários sectores. Os enormes gastos da Família Real, num País onde a grande maioria do povo vivia com carências de todo o tipo, faziam com que o ódio ao Rei fosse ainda maior do que ao Chefe do Governo. A 27 Novembro de 1907 é elaborado um decreto cujo artigo 1º permitia ao Governo expulsar do reino, ou transportar para uma província ultramarina, aqueles, que fossem reconhecidos culpados pela autoridade judicial competente. Não podiam gozar de imunidades parlamentares aqueles que atentassem contra a segurança do Estado.

A 28 de Janeiro de 1908, republicanos e dissidentes monárquicos, fazem uma primeira tentativa de revolta que ficou conhecida como a “Intentona do elevador da Biblioteca”. O Governo conseguiu sufocá-la, mandando prender importantes chefes dos republicanos entre os cais se encontrava Afonso Costa e António José de Almeida.

A 31 de Janeiro de 1908 o ministro da Justiça recebe o acima citado decreto de 27 de Novembro, assinado pelo rei. Para uma Lisboa maioritariamente republicana, este documento era inaceitável. No dia seguinte D. Carlos I e D. Luís Filipe o Príncipe herdeiro eram assassinados no Terreiro do Paço.

João Franco é responsabilizado por com a sua politica contraditória e violenta ter contribuído pelo extremar de posições e pelo clima de revolta que culminou no regicídio, demite-se, sendo substituído a 4 de Fevereiro por um governo de aclamação presidido por Francisco Joaquim Ferreira do Amaral.

A 6 de Maio de 1908, D. Manuel II de apenas 18 anos, presta Juramento de novo rei perante as Cortes.

Foram 2 anos conturbados. Os sucessivos governos, e a impreparação do jovem rei levam rapidamente à ascensão dos republicanos apoiados cada vez mais por um povo e até pelos militares.

Na noite de 4 para 5 de Outubro de 1910 eclodiu o movimento revolucionário que levou à implantação da República. Surpreendido no Palácio das Necessidades onde dera um jantar em honra do Presidente da República do Brasil, o rei permaneceu no local, tentando conseguir a ajuda dos militares nomeadamente dos Regimentos de Artilharia 1 e Infantaria 16, mas estes já se tinham passado para o lado dos revolucionários. O rei retirou-se então para Mafra, onde esperou a sua mãe, a rainha-mãe D. Amélia e onde recebeu às 2 da tarde a notícia da implementação da República e do Governo provisório presidido pelo Dr. Teófilo Braga. A Família Real dirigiu-se para a Ericeira onde embarcou para Gibraltar, onde um barco de guerra inglês os transportou ao exílio.

Comemoram-se amanhã cem anos sobre a data. A verdade é que a grande maioria do povo, continua insatisfeito, sem emprego, e faminto de pão e Justiça. E o Reino (perdão) a República continua a gastar de mais. E mais grave ainda é que não se vislumbra nenhum movimento, revolucionário ou não que ponha cobro a este estado e nos dê alguma esperança.

2.10.10

EU RENUNCIO!

Recebi por email e não resisti a partilhar. O texto e De JM Ferreira de Almeida, do blog 4R -Quarta República, que fui conhecer e me pareceu um excelente blog.
Eu renuncio!

Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir.

Assim:

Renuncio a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;

Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e áquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;

Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;

Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;

Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu auferirei quando estiver a cair da tripeça;

Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;

Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado para eles transfere, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;

Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma mesmísisma medida do corte nas transferências;

Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, agora nas mãos de um qualquer grupo privado;

Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, bem sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;

Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes.

Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do que sacrificio que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade.

Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.

Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da empresa Estradas de Portugal.


Seria fastidioso alongar-me nas coisas que o Estado criou para o meu bem estar e que me disponho a não mais poder contar. E lanço um desafio aos leitores do 4R : renunciem também! Apoiemos todos, patrioticamente, o governo a ajudar o País nesta hora de aflição. Portugal merece.

5.9.10

MARIA PARTE X I



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25.8.10

MARIA PARTE X



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6.7.10

MATILDE ROSA ARAÚJO


O Berlinde

Era uma vez uma pomba
Sem um ninho, sem um pombal,
Era branca como a Lua
E os seus olhos de cristal.

Era uma vez uma pomba
Que não sabia chorar:
O seu choro trrru… trrru…
Era um modo de cantar.

Era uma vez uma pomba
Que noite e dia voava:
Fosse noite, fosse dia,
Nunca a pomba descansava.

Era uma vez uma pomba
Que nos céus, longe, voava,
Seu coração um berlinde
Grande segredo guardava.

Era uma pomba tão estranha
Que voava noite e dia:
Quanto mais alto voava
Mais da terra ela se via.

Era uma vez uma pomba
Com penas de seda real:
Era uma pomba do Mundo
Com seus olhos de cristal.

Seu coração um berlinde
De vidros de sete cores,
Que do sol tinha o brilhar,
Um espelhinho de mil flores.

Um dia longe nos céus,
Viu um menino a chorar
Sentadinho sobre um monte,
Numa noite de nevar.

Não era branco nem negro
Assim na neve o menino,
Seu chorar era triste,
Tornava-o mais pequenino.

E a pomba logo o viu
Com seus olhos de cristal:
Logo desceu para o monte
– Era aquele o seu pombal.

Poisou nas mãos do menino
Com seu corpo, seu calor:
Mãos por debaixo da neve,
Ninguém lhes sabia a cor.


Dorme, dorme, meu menino…
Branco ou negro tanto faz:
Meu coração é um berlinde,
Tem o segredo da Paz.

E o menino já ria,
Podia dormir sem medo,
Sonhava com o berlinde,
Coração feito brinquedo.

Há quem diga que uma estrela
Fugiu do céu a correr,
Atravessou todo o mundo
Para o segredo dizer.

Escutaram-na os meninos,
Têm um berlinde na mão:
Seja noite de Natal,
Seja noite de S.João.

Matilde Rosa Araújo

Biografia
Nasceu em Lisboa a 20 de Junho de1921, na quinta dos avós, em Benfica. Em 1945, licencia-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa e em 1946 apresenta a tese inovadora por considerar a reportagem como um género literário: "A Reportagem Como Género: Génese do Jornalismo Através do Constante Histórico-Literário". Leccionou durante 42 anos, 36 dos quais no ensino secundário técnico-profissional em diversas localidades do país; 3 anos no Magistério e outros 3 anos no Jardim Escola João de Deus. Em 1956 publica Poemas Infantis e no ano seguinte O Livro da Tila. Vocacionada para as questões pedagógicas, mesmo depois de estar aposentada do ensino continua a manter contacto com as crianças em visitas e colóquios em escolas e bibliotecas.Fez parte dos corpos directivos da Sociedade Portuguesa de Escritores, foi sócia fundadora do comité português para a Unicef. Tem obras traduzidas no Brasil, na Roménia e na Moldávia.


Eis algumas das suas obras:
1943 - A Garrana
1945 - Estrada Sem Nome
1956 - Poemas Infantis nº 3 da Graal
1957 - O Livro da Tila
1962 - O Palhaço Verde
1962 - Praia Nova
1963 - História de Um Rapazinho
1967 - O Cantar da Tila
1971 - O Sol e o Menino dos Pés Frios
1974 - O Reino das Sete Pontas
1975 - Gil Vicente
1977 - A Balada das Vinte Meninas
1977 - As Botas do Meu Pai
1978 - A Velha do Bosque
1978 - Camões Poeta Mancebo e Pobre
1978 - Os Quatro Irmãos
1979 - O Cavaleiro Sem Espada
1980 - A Escola do Rio Verde
1986 - Voz Nua
1988 - Estrada Fascinante
1990 - O Passarinho de Maio
1993 - Rosalinda Foi à Feira
1994 - As Fadas Verdes
1997 - As Cançõezinhas da Tila
2000 - Segredos e Brinquedos
2003 - Sons Para a Guitarra da Boneca

Matilde Rosa Araújo deixou-nos hoje para empreender essa viagem que todos faremos um dia.
E o panorama cultural português ficou bem mais pobre.

18.6.10

MORREU JOSÉ SARAMAGO



Poema à boca fechada


Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago ( do livro Os poemas possíveis)

Não vou falar de Saramago. Outros o farão melhor que eu. Deixo esta singela homenagem no dia em que nos deixou para essa inevitável viagem que todos faremos um dia.
E fico com a certeza de que o mundo, ficou hoje mais pobre.

14.5.10

SE EU TIVESSE CORAGEM...



Se eu tivesse coragem,
havia de cantar
para os homens que vivem algemados
aos dias sem pão, nem futuro.


Se eu tivesse coragem,
havia de cantar
para os operários sem emprego,
engolindo dia a dia
os sonhos afogados no tempo
dum mísero subsídio.


Se eu tivesse coragem,
havia de cantar
para os jovens, sem tempo nem idade
perdidos
nos tortuosos caminhos da droga.


Se eu tivesse coragem,
havia de cantar
as minhas fantasias de criança,
a minha ansiedade de adulto,
a minha angústia de idoso,
a minha dor sem dor tão sentida.


Se eu tivesse coragem,
havia de cantar
a minha fome de justiça
os sonhos que não sonhei
a vida que não vivi
a cruz que sem fé carreguei.


Se eu tivesse coragem,
havia de cantar
contra aqueles que nos dão
falsas ilusões
em forma de "Magalhães"
em vez de pão
habitação
escolas
hospitais.


Ah!... Se eu tivesse coragem...


EMBORA NÃO SEJA RECENTE ESTE POEMA INFELIZMENTE MANTÉM-SE ACTUAL, RAZÃO PELA QUAL RESOLVI REPUBLICÁ-LO.

2.5.10

FELIZ DIA ... MÃES

Para todas as amigas que são mães, gostaria de deixar aqui um abraço e que tenham tido um dia muito feliz.
O meu e de minha irmã foi passado nas urgências do Hospital do Barreiro com a nossa mãe.

24.4.10

ABRIL DE SIM, ABRIL DE NÃO

foto do Google
ABRIL DE SIM, ABRIL DE NÃO


Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre

MENSAGEM PARA OS AMIGOS.
A MINHA MÃE CONTINUA MAL NO HOSPITAL DO BARREIRO. A MINHA SAÚDE TAMBÉM SE MANTÊM PERICLITANTE, POIS TENHO ESTADO COM UMA INFECÇÃO RESPIRATÓRIA. DAÍ QUE A VONTADE DE ESCREVER NÃO SEJA NENHUMA.
DEIXO O MEU ENORME OBRIGADA PELO VOSSO CARINHO, E VOTOS DE QUE TENHAM
UM ÓPTIMO FIM DE SEMANA.

8.3.10

MULHER


Para entender uma mulher
é preciso mais que deitar-se com ela…
Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa
que se possa prever nossa vã pretensão…

Para possuir uma mulher
é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase
numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade… Há de se conseguir
fazê-la sorrir antes do próximo encontro

Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que
amante perfeito…
Há de se ter o jeito certo ao sair, e
fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso…

- O potente, o amante, o homem viril, são homens bons… bons homens de
abraços e passos firmes…
bons homens pra se contar histórias… Há, porém, o homem certo, de todo
instante: O de depois!

Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.

É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!

Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…

Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”

Carlos Drumond de Andrade

5.3.10

BOM FIM DE SEMANA

Espero que em breve a Primavera chegue radiosa de luz e cor na natureza e em mim.Enquanto isso não acontece um bom fim de semana e um obrigada do tamanho do mundo a todos os meus amigos.

29.1.10

BOM FIM DE SEMANA



ESPERO QUE GOSTEM DO FILME QUE ESCOLHI PARA VOS DESEJAR BOM FIM DE SEMANA.
ESPERO EM BREVE VOLTAR A VISITAR-VOS. ALÉM DO PROBLEMA FAMILIAR TAMBÉM TIVE PROBLEMAS COM O PC QUE RESOLVEU "PIFAR".
AGORA TENHO UM NOVO, COM O SISTEMA OPERATIVO WINDOWS 7 E ANDO UM BOCADO ÀS APALPADELAS, POIS É UM BOCADO DIFERENTE DO XP.
BOM FIM DE SEMANA A TODOS.

8.1.10