Os três dias passaram sem nada de relevante, a não ser a secreta alegria que Beatriz sentiu quando ele regressou. E Julho terminou, numa Sexta-feira, e nessa noite César disse-lhe para ficar mais um pouco precisavam conversar.
- Consegui entregar, o último trabalho que tinha para
este mês. Em Agosto vou fechar a agência, e vou de férias. Gostaria muito
que viesses connosco, a Matilde gosta muito de ti, vai sentir a tua falta. E
…eu também, - concluiu com um entoação que a fez enrubescer até à raiz do
cabelo.
Engoliu em seco. Não podia. Cada dia se sentia mais
atraída por ele, e viam-se tão pouco, como podia passar um mês na sua
companhia? Sem deixar de a olhar, como
se exigisse nesse olhar uma resposta, aproximou-se dela.
- Podemos contar contigo?
- Será uma mudança do meu local de trabalho ?- Perguntou tentando impôr distâncias.
-Tens alguém que o impeça? Um namorado? – Perguntou ele,
como se não tivesse percebido.
- Não. Sou viúva!
Não mostrou qualquer surpresa. Como se o soubesse. Ela
não lhe tinha dito. E o cartão de cidadão não faz referência ao estado civil.
Teria mandado alguém investigá-la? Decerto que sim. Era lógico, doutra forma como se explicaria que confiasse tanto nela?
- E então? Os dois somos maiores, não temos ninguém a
quem prestar contas. Deves ter reparado que me sinto atraído por ti. Vocês,
mulheres, percebem isso. A minha filha já te conquistou. Será que me vais dar
oportunidade de fazer o mesmo?
Aquilo era uma declaração? Se não era, parecia. Sentiu
que lhe faltava o chão.
- Não pode ser. Não pode haver nada entre nós…
- Porquê? Há alguma razão lógica para isso?
Tinha levantado um pouco a voz, e Matilde que brincava
com o seu ursinho, veio agarrar-se às calças do pai.
- Por favor César, não é o local nem a hora para esta
conversa. Está na hora da Matilde jantar. E também se está a fazer tarde para
mim.
Ele pegou na menina ao colo.
- Porque não jantas connosco? Continuamos esta conversa depois. É
importante. Depois chamo um táxi para te levar a casa.
-Não. Falamos na Segunda.
E pegando na mala saiu apressada, como se fugisse dos seus próprios sentimentos.
16 comentários:
Bom dia
acho que vai começar o coração de ambos a bater forte.
a ver vamos
JAFR
Discutir à frente das crianças...nunca!
Conversa adiada!!! Bj
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Está a chegar a hora de pôr os pingos nos ii. Melhor assim, depois tudo será mais fácil.
Torcendo pra que ela o escute bem e assumam o sentimento! Lindo! bjs, chica
Bom dia Elvira!
Na torcida para que os dois se entendam logo.
Seria perfeito.
Beijinhos no coração.
Olá, Elvira!
Por aqui, acompanhando a história, que se desenvolve muito bem. Situação bem delicada para Beatriz, mas, vamos ver o que acontece.
Bejos
Quase desvendado
Kis :=}
Mas que bem sabes ir ligando as pontas, Elvira!
Bjinho :)
Olá minha amiga...
Confesso que tenho lido aos poucos, mas encantado com o seu prosaico enredo e querendo Deus, em Junho porei "esta" escrita em dia.
Bjs.
Beatriz foi embora, com vontade de ficar. Ela sabe que o César gosta dela, e ela gosta do César, o destino os irá juntar! Por isso há que saber esperar. Devagar também se chega onde se deseja chegar!
Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Vão entender-se :)
Estou a gostar.
É desta que vão cruzar os destinos.
Bj
AMIGA ELVIRA. PRECISO DE SUA AJUDA COM MEU BLOG. NÃO CONSIGO ROLAR A PÁGINA À DIREITA E NÃO LEIO SIQUER MEUS POSTS. FUI EM DESIGN,TROQUEI ALGUMA COISA,MAS NADA ENTENDO DISSO E CONTINUOU TUDO RUIM.ESTOU TRISTE E NERVOSA,PORQUE VOCÊ SABE QUE JÁ PERDI UM OUTRO BLOG QUE SUMIU.
SE ENTENDE COMO FAZER,POSSO LHE PASSAR A SENHA E VOCÊ AJEITA PARA MIM?
QUAL SEU EMAIL E COMO POSSO LHE PASSAR MEU LOGIN.
VOU COPIAR ESSE PEDIDO NO SEU OUTRO BLOG TAMBÉM.HOJE É DIA 16 DE MAIO.
CONTO COM SUA AJUDA,AMIGA.
BEIJOS SABOR CARINHO
DONETZKA
Blog Magia de Donetzka
Uma reacção dessas dá coragem a qualquer homem com sensibilidade.
Já passei por situação semelhante.
E deu um resultadão.
Foi só ler os sinais.
Um abraço
Um pouco de reação aumenta a emoção na hora da atração. É um não com sabor de sim.
Abraços,
Furtado
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